Repórter Jota Anderson
A Câmara Municipal de Casa Branca está em um intenso debate sobre a proposta de substituição da cesta básica mensal por um vale-alimentação no valor de R$ 350,00 para servidores públicos municipais, empregados públicos municipais, secretários municipais, conselheiros tutelares ativos e comissionados. O projeto, de iniciativa da Prefeitura, gerou polêmica e descontentamento entre os servidores e a população.
O repórter Jota Anderson realizou uma pesquisa comparativa em relação aos valores do vale-alimentação em cidades vizinhas, revelando que a proposta da administração municipal de Casa Branca está bem abaixo da realidade regional. Confira os valores praticados em algumas cidades:
Os dados demonstram que o valor sugerido pela Prefeitura de Casa Branca está bem abaixo da média regional, gerando questionamentos sobre a viabilidade do montante para suprir as necessidades básicas dos servidores. A alta dos preços de produtos essenciais, como arroz, café, açúcar, leite e carne, torna a proposta ainda mais questionável, já que a inflação alimentar tem impactado diretamente o poder de compra das famílias.
Outro fator que vem sendo debatido é a remuneração do prefeito municipal, Antonio Eduardo Nogueira, conhecido como "Duzão", que recebe um salário de R$ 25.000,00. O contraste entre a proposta de vale-alimentação e os vencimentos do chefe do Executivo municipal.
Enquanto em Casa Branca a proposta gerou descontentamento, cidades vizinhas têm adotado medidas de valorização dos servidores. Em Tambaú, por exemplo, o prefeito Leonardo Spiga Real anunciou um reajuste salarial de 9,25% para os servidores públicos, um dos maiores índices das últimas décadas. Além disso, o vale-alimentação foi reajustado nos últimos quatro anos em 65,25%, saltando de R$ 453,00 para R$ 750,00. Apenas neste ano de 2025, o reajuste foi de 7,14%, acima do índice da cesta básica.
Os servidores municipais de Casa Branca aguardam uma revisão da proposta e esperam que a Prefeitura reveja os valores do vale-alimentação para que haja uma equiparação com os municípios da região. O debate segue na Câmara Municipal e a decisão final e dos vereadores.
O repórter Jota Anderson enfatizou seu compromisso com a transparência e a informação: "O repórter tem que informar todos na medida do possível. Meu dever é acompanhar o trabalho daqueles que nós pagamos, que são os nossos representantes e aqueles que têm cargos de confiança na prefeitura, pessoas ligadas a políticos. Estarei fazendo isso e apontando, dando opinião naquilo que for necessário. Não tenho problema com nenhum político, apenas vou fazer o meu papel naquilo que sou formado."
DISPÕE SOBRE A FIXAÇÃO DOS SUBSÍDIOS DO PREFEITO E VICE-PREFEITO DE CASA BRANCA PARA A LEGISLATURA 2025 A 2028.