O mês de novembro é marcado pelo Dia Mundial da Pneumonia.
A data, estabelecida pela Organização Mundial da Saúde, tem como objetivo conscientizar sobre a prevenção dessa doença, que, de acordo com dados do UNICEF, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, leva à óbito uma criança a cada 45 segundos.
A pneumonia é a maior causa de mortes nessa faixa etária em todo o mundo.
O pediatra infectologista Renato Kfouri explica sobre os grupos de risco para a doença.
“A pneumonia é uma infeção na árvore respiratória que acomete os pulmões. Daí o nome de pneumonia. É muito frequente, nos estremos das idades, sem umas das principais causas de hospitalização e morte em menores de dois anos de idade e em maiores de 60 a 70 anos de idade. A criança pela imaturidade do seu sistema imunológico e o idoso pelo envelhecimento de seu sistema imunológico, acabam sendo os grupos mais vulneráveis ao desenvolver esta doença. A grande parte das pneumonias são causadas por vírus ou bactérias. Entre os vírus nos destacamos o vírus da própria covid, da gripe e o vírus sincicial respiratório. Entre as bactérias a grande campeã e causadora da pneumonia é o chamado pneumococo, uma bactéria muito comum que além de pneumonia pode causar otites, sinusites e até meningites”, disse o médico.
O médico diz que a pneumonia é prevenível por meio de vacinas.
“Nós temos mais de cem tipos de pneumococos e as vacinas aí, hoje, contém vários desses na sua composição. O programa nacional de imunizações, utiliza desde 2010, a vacina pneumocócica com dez sorotipos o que fez com que os casos de doença pneumocócica, causadas por estes dez sorotipos praticamente desaparecem. O problema é que nas vacinas pneumocócitas, existem um fenômeno que é de substituição, uma vez que nós tiramos estes sorotipos pneumococo de circulação, outros acabam ocupando o seu espaço. Hoje os sorotipos não contidos na vacina dez valente, que é a vacina utilizada pelo Ministério da Saúde, respondem por mais de 70% dos casos causados por sorotipos que está por exemplo na vacina treze valente, uma vacina que já esta licenciada no país, mas ainda somente é disponível para alguns grupos de pacientes especiais”, disse.
Renato Kfouri detalha como a imunização age para evitar a doença.
“A vacina induz em uma resposta imune no nosso organismo, ao fazer com que o nosso sistema imunológico, produza não só os anticorpos, chamados anticorpos protetores, mas também células de memória, que vai nos manter protegidos por mais tempo. O mecanismo de ação das vacinas é como se ele imitasse a infecção natural, engana o nosso sistema imunológico, faz com que a gente produza estes anticorpos que vão nos defender para que te fato, quando nós encontramos com este agente infecioso, a nossa resposta imune já esteja montada, nós já estejamos preparados para corresponder a este pneumococo agressor, com as vacinas, claro sem nenhum risco de causar doenças” concluiu Renato.
O pediatra infectologista reforça que os pais ou responsáveis devem sempre conversar com o médico para verificar a melhor forma de proteção dos filhos contra a pneumonia.